VIDA E OBRAS DE POETA 
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VIDA E OBRAS DE POETA



Acreditar nos nossos sonhos,

Ir em busca da realização dos nossos desejo e projetos,

É o que faz a diferença entre vencedores

E perdedores. 

 

SONATA DE AMOR

 

Menina eu quiria ter asas!

Pramodi prô infinito vuá.

E uma nuvi bem branquinha...

De entre as ôtra arrancá.

Uma nuvi que nem argudão...

Pra fazê dela um corchão...

Pra nois dois se agazaiá.

 

E com o orvaio da noite...

Eu fazê um cobertô.

Infeitado de anjim...

E arguns ramim de fulô.

Pra adispois de nois juntim...

Eu te niná cum carim...

Pra gente fazê amô.

 

E dibaxo do céu azul...

Cum as istrela a briiá.

Eu te inchê de bejim

Pra tua boca adoçá.

Enquanto nois dois grudado...

Naquele momento sagrado...

De amô se imbriagá.

 

E assim imbriagado...

Sintindo o coração zuado...

Cumo eco de truvão.

Eu te decrará uma poesia...

Cum a merma meludia...

Que faiz nois dois se amá.

  

Vô pedi a permissão de Deus...

Prus anjim pra nois  cantá.

Fazeno uma grande festa...

Imbaxo da luz do luá.

Afrirmá procê eu posso...

Que um amô cumo o nosso...

Ninguém mais vai incontrá.

 

 

 

 

PRUMODI VIVÊ

 

Seu moço sô um rocero,

Um homi bem singulá.

Que adora a minha vida...

Vivendo nesse lugá.

Onde arroiz, fejão e rapadura...

Agente tem cum fartura...

Prumodi os fios sustentá.

 

Tem ‘mas vaquinha de leite...

E galinha no terrero.

No pasto tem um cavalo...

Bom de gado e istradero.

Um paió cheio de mio...

Lamparina cum pavio...

E os porquim no chiquero

 

Inda tem uma gaiola...

Onde um curió afamado.

Canta sempre à tardezinha...

Cum seu canto avexado.

Que parece canção divina...

Dessas que faiz os oi das minina...

Ficá aceso, embrasados.

 

Quando da ditardezinha...

Vô pru riacho pescá.

Pegá uns pexim bem gordo...

Que adispois de iscamá.

Retaio a minha manera...

Pra bota na frigidera...

E vê os bixim fritá.

 

Dispois do janta pego ‘ma rede...

E armo lá na varanda.

Pego um fumim dos bão...

Que comprei lá na quitanda.

Faço um pito e largo fogo...

Pra adispois ovi o jogo...

Ou uma gostosa ciranda.

 

Quando o sono se achegá...

Vô pra minha cama deitá.

Dô um chero na patroa...

Pra mode a gente isquentá.

E cumo aqui num faiz calô...

A gente vai faze amô...

Até o dia raia.

 

Prumodi isso ieu num vô seu moço...

Lá na cidade me metê.

Arrumá sarna pra me coçá...

Pô a muringa pra fervê.

Prefiro vivê aqui na roça...

Debaxo da minha paioça...

Junto do meu bem-querê.

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